Levy, Bozo e o Rebu

 Nessas últimas semanas foi observado algo que não é novidade: um rebu no desgoverno. Desta vez foi na ala da economia, mais especificamente do Banco Nacional do Desenvolvimento que até o domingo passado era presidido pelo economista liberal Joaquim Levy.
 Bozo declarou guerra contra o Partido dos Trabalhadores, justamente, por terem sido magníficos na inclusão social e no combate à fome e à miséria. É notável lembrar que Levy era secretário do tesouro no governo Lula e ministro da fazenda no segundo mandato de Dilma, é aí que o rebu começa.
 A indicação de Levy ao BNDES, ideia de Paulo Guedes, sempre desagradou o Bozo e seus lacaios, apesar de Levy ser um neoliberal como eles. No entanto, o problema não está aí e sim no próprio banco, pois, Bolsonaro almejava a abertura de uma caixa preta do BNDES contendo cousas cabeludas a respeito dos empréstimos que os governos Lula e Dilma fizeram à países como Angola e Venezuela. Acontece que não havia nada de criminoso nesses empréstimos, sendo assim Bolsonaro frustrou-se e mesmo assim quer manter-se iludido e, além disso, fazendo-se de perseguido.
 O estopim para a saída de Levy foi quando o mesmo chamou o talentoso Marcos Barbosa Pinto para direção de Mercados e Capitais, sendo que Marcos já havia trabalhado no governo Lula, então, o bozo ao melhor estilo Seu Peru declarou: "Eu estou porrrr aqui com o Levy" e afirmou que se Levy não demitisse Marcos, ele demitiria os dois sem ao menos consultar o ministro da economia Paulo Guedes. Não deu outra, Marcos e Levy se dispensaram do banco diante desse ato autoritário e antidemocrático.
 Na segunda-feira Gustavo Montezano foi nomeado novo presidente do BNDES.
 Gostaria de lembrar que Lula é uma pessoa tão aberta às ideias diferentes que nomeou o banqueiro Henrique Meirelles, na época filiado ao PSDB, para ocupar a presidência do banco central, sem esquecermos do fato de que na equipe econômica de Lula havia muitos economistas neoliberais como Marcos Lisboa e o próprio Levy. Lula sempre conversava com economistas ligados aos governos anteriores, pois, para fazer o Brasil crescer é preciso responsabilidade, união e escutar o que todos tem a dizer, inclusive, aqueles que pensam diferente; infelizmente, nada disso há no governo Bolsonaro, enquanto, autoritarismo e rebu tem de sobra.

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